CO2 NO AQUÁRIO
O dióxido de carbono é, juntamente com a iluminação, o nutriente essencial para alimentar as nossas plantas. Graças ao Co2, as plantas realizam a fotossíntese, liberando oxigênio e criando o 'borbulhamento' do nosso aquário.
Em aquários plantados com alto rendimento luminoso (> 0,5 w/l), o Co2 é totalmente necessário, pois sem ele as plantas pouco exigentes não conseguirão processar todos os nutrientes e dificilmente crescerão, e as mais exigentes, como a maioria dos estofadores, eles morrerão.
Para adicionar Co2 ao aquário existem vários métodos, alguns mais eficientes e confortáveis, e outros mais económicos:
COMPRIMIDOS DE CO2 |
É uma das formas mais simples de fertilizar os nossos aquários com Co2. Os comprimidos de Co2 dissolvem-se em água, liberando Co2 e nutrientes. Devem ser usados regularmente, sendo especialmente úteis em aquários pequenos onde os sistemas profissionais são muito grandes (e caros).
Seu uso recomendado é de um comprimido a cada 50 litros, entre 1 e 2 vezes por semana. Como sua adição não é constante, recomenda-se controlar o CO2 dissolvido na água utilizando oteste de CO2.
CO2 LÍQUIDO |
Outra das formas mais simples, cómodas e económicas de fornecer carbono às plantas do nosso aquário. Para ver os resultados, temos que adicionar a quantidade correspondente à água do aquário diariamente antes de as luzes serem acesas, para que o carbono esteja disponível para as plantas assim que a iluminação for ativada.
Através da adição constante, conseguem-se bons resultados, não tão bons como com um sistema profissional, mas é uma boa forma de dar um diferencial a plantas um tanto exigentes como o micranthemum tipo monte carlo.
Além disso, esses produtos atuam como antialgas, portanto com seu uso constante poderemos reduzir bastante as indesejáveis.
CO2 CASEIRO |
A solução de adição de CO2 pelo método caseiro é muito utilizada pelos aquaristas, pois conseguimos a adição desejada de dióxido de carbono, de forma pouco controlada, mas muito econômica.
Atualmente existem duas maneiras de criar CO2 em casa, através da fermentação de leveduras ou pela reação de um ácido e uma base:
MÉTODO DE LEVEDURA DE CO2 CASEIRA:
Este método é baseado na fermentação de fungos de levedura fresca, um organismo vivo que na ausência de oxigênio é capaz de transformar açúcar em álcool, liberando CO2 no processo. Esse processo ocorre enquanto o fermento tiver açúcar suficiente, até morrer afogado no mesmo álcool que produz.
Para reproduzir este processo, precisaremos fazer uma mistura de fermento fresco (fermento em pó não é adequado) , açúcar branco e água. A questão das proporções é um tema muito debatido na internet, pois depende da quantidade de fermento e açúcar a ser utilizada. Quanto mais fermento, maior será o número de bolhas de Co2 por segundo que obteremos, mas o fermento consumirá o açúcar mais cedo e a mistura durará menos tempo. Uma proporção que equilibra duração e fluxo, em nossa experiência, é a seguinte:
- 1,5 litros de água
- 1/8 comprimido de levedura (o típico da Mercadona)
- 350gr de açúcar
Com esta mistura conseguiremos um fluxo de aproximadamente 1 bolha por segundo, durante pelo menos 2 semanas. O problema deste sistema é que temos que trocar a mistura com muita frequência, ele não fornece um fluxo constante de Co2 e não podemos fechar o sistema, portanto podem ocorrer muitas variações de Ph na água do aquário.
Em Aquário Plantado temos um kit básico muito econômico para criação do sistema doméstico, que é composto por: < /span>
KIT CO2 CASEIRO PARA LEVEDURA | ||
Tubo de 3 metros para conexões | Conta-gotas para observar o fluxo de Co2 +Válvula anti-retorno para evitar que a água do aquário seja introduzido na mistura | Difusor de vidro, para diluir Co2 em água |
Existem também sistemas comerciais baseados nesta reação, que facilitam seu uso através de recipientes herméticos e misturas prontas:
MÉTODO CASEIRO DE CO2 POR REAÇÃO ÁCIDO-BASE:
Este método baseia-se na reação de um ácido e uma base para gerar CO2. O ácido cítrico deve ser usado como ácido e o bicarbonato de sódio como base.
Para realizar este processo, usaremos:
- 200gr de bicarbonato de sódio
- 200gr de ácido cítrico
- 2 garrafas de refrigerante de 2L
GARRAFA A: misturaremos os 200gr de ácido cítrico com 600ml de água, agitando até dissolver completamente.
GARRAFA B: misturaremos os 200gr de bicarbonato de sódio com 200ml, mexendo até dissolver completamente.
Depois de feitas as duas misturas, montaremos o sistema seguindo o seguinte esquema:
Com o sistema montado e a válvula agulha fechada, vamos pressionar o frasco A aos poucos para transferir o ácido para o frasco B. Ao abrir e fechar a válvula agulha aos poucos, vamos liberar o excesso de pressão e mais ácido passará para o frasco B, aumentando a pressão geral do sistema, até atingir a área verde do manômetro, que é a pressão ideal do sistema.
Uma vez iniciada a reação, o ácido cítrico passará gradualmente para o frasco B, continuando a reação e gerando um fluxo constante de CO2. Se fecharmos completamente o regulador, o ácido cítrico irá parar de fluir para o frasco B, então a reação irá parar e a pressão não aumentará. Isto permite-nos fechar a passagem quando não temos a iluminação acesa, seja manualmente ou através de uma válvula solenóide.
As vantagens deste sistema em comparação com o sistema de levedura é que é alcançada pressão suficiente para usar reatores ou atomizadores de CO2, como bem como a possibilidade de fechar a passagem à noite.
SISTEMA PROFISSIONAL DE CO2 |
La melhor forma de adicionar Co2 ao nosso aquário é através de um sistema profissional. Com este tipo de sistema poderemos fornecer a quantidade exata que queremos no nosso aquário, podendo controlar o número de bolhas por segundo.
Estes sistemas são os mais benéficos para o aquário, porque graças à sua contribuição constante, garantem que as plantas tenham sempre a mesma quantidade de Co2 disponível para realizar a fotossíntese, além de garantir a estabilização do Ph em níveis levemente ácidos, facilitando a absorção dos nutrientes das plantas do aquário.
Além disso, são muito mais convenientes que o sistema doméstico, porque os cilindros duram muito mais que a mistura de fermento, e Podem ser descartáveis ou retornáveis, facilitando o processo de troca quando o conteúdo de CO2 acabar.
Para aquários grandes (>100 litros) este tipo de sistema é recomendado, já que a contribuição de Co2 do sistema caseiro em este tipo de aquário deve estar com grandes volumes de mistura, dificultando seu tratamento e armazenamento.
Um sistema profissional de Co2 deve ser composto pelas seguintes partes:
GARRAFA DE CO2 |
Podem ter vários volumes, dependendo do CO2 que possam conter. Além disso, existem botijões descartáveis (mais práticos e econômicos) e botijões recarregáveis (permitem mais volume, mas quando acabam é preciso ir recarregá-los) |
MANOREDUTOR |
Como o CO2 dentro do cilindro está em alta pressão, precisamos deste dispositivo para reduzi-lo e poder adicioná-lo ao aquário sem perigo. Graças à válvula reguladora e aos manômetros, podemos visualizar a pressão e ajustar o fluxo de CO2 que sai do cilindro. |
ELECTROVÁLVULA |
A válvula solenóide permite fechar o circuito de Co2 através de um sinal elétrico. Isto permite-nos abrir ou fechar o circuito através da programação do tempo, por exemplo ao mesmo tempo que a iluminação, ou mesmo verificar com um medidor de Ph eletrónico. |
DIFUSOR DE CO2 O ATOMIZADOR |
Como último passo temos que diluir o CO2 na água do aquário, e é para isso que serve o difusor ou atomizador de CO2. O difusor é colocado dentro do aquário submerso e com sua peça de cerâmica quebra a bolha em diversas microbolhas que se dissolvem rapidamente no aquário. Com o atomizador conseguimos a mesma coisa, mas em vez de adicioná-lo dentro do aquário, fazemos isso no tubo de saída do filtro. Desta forma garantimos que a água que vai para o aquário depois do filtro já incorpora CO2, com o qual obteremos um desempenho próximo de 20% melhor do que com o difusor e evitaremos colocar mais “dispositivos” dentro da urna. |
Em aquários plantados dispomos de vários sistemas completos de Co2, a preços bastante razoáveis, para facilitar o acesso a este tipo de sistemas. Escolheremos o tipo de sistema que utilizaremos dependendo do volume do aquário ao qual queremos adicionar dióxido de carbono:
KIT CO2 COMPLETO BLAU CO2 NANO SET |
Sistema completo de Co2 com cilindro descartável de 95g, para aquários pequenos. Inclui:
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AQUILI PEQUENO KIT COMPLETO DE CO2 |
Sistema completo de Co2 com cilindro descartável de 200g, perfeito para aquários de alta tecnologia até 100L. Inclui:
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KIT CO2 DESCARTÁVEL COMPLETO (COM E SEM VÁLVULA SOLENÓIDE) |
Sistema completo de Co2 com cilindro descartável de 500gr, perfeito para aquários de alta tecnologia com mais de 100L. Inclui:
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KIT CO2 RECARREGÁVEL COMPLETO COM VÁLVULA SOLENÓIDE |
Sistema completo de Co2 com cilindro recarregável (500gr OU 2000gr) perfeito para aquários de alta tecnologia acima de 100L. Inclui:
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